//

Raio X #2

AS Superman 2All Star Superman #2
Argumento: Grant Morisson – Desenho: Frank Quitely

Às vezes as primeiras impressões são enganadoras… Neste segundo número, Lois é levada até à Fortress of Solitude para passar o seu dia de anos, depois de descobrir a verdadeira identidade de Superman. A atenção dada por Morisson aos pequenos detalhes é deliciosa, por exemplo, o Superman não leva Lois ao colo, enquanto voa, mas dentro de um carro, para a proteger. A reacção de Lois à sua descoberta está muito bem imaginada, afastando-se do que seria esperado, o que torna o argumento muito intrigante e original. A prenda de anos que Superman oferece a Lois promete um #3 igualmente interessante.
Penso que a arte de Frank Quitely dispensa qualquer tipo de comnetários… 8/10


Battle hymn 1Battle Hymn #1-5
Argumento: B. Clay Moore – Desenho Jeremy Haun

E se os super-heróis tivessem existido, realmente, durante a segunda guerra mundial? A premissa desta mini-série pode não parecer muito original, mas B.Clay Moore centra a narrativa num aspecto não muito explorado neste tipo de BD.
O governo norte-americano decide formar uma equipa de super-heróis para ajudar na luta contra os nazis. Os heróis têm várias origens, e nacionalidades, e podem ser facilmente identificados com os heróis clássicos de outras editoras. No entanto, aqui não são pequenos escuteiros ingénuos, com um coração de ouro, mas verdadeiros seres humanos, corrompidos pelo elevado estatuto que têm e pelo seu ego insuflado. A trama não segue as batalhas travadas pela equipa na frente de combate (existindo apenas uma sequência na guerra), mas debruça-se sobre as implicações políticas que uma equipa deste género poderia ter. É interessantíssima a finalidade que o governo dá à equipa, assim como os jogos políticos que daí advêm.
Fiquei muito impressionado com a arte de Jeremy Haun. Utilizando um estilo muito realista e detalhado, Haun recria muito bem o espírito da época, em parte graças às tonalidades mais escuras que foram aplicadas. Além disso, há momentos de excelente planificação, em que a narração é puramente visual.
Nota positiva também para a ausência de publicidade, e inclusão de numerosos bónus em cada comic: flip covers, sketches, mini-comics, etc… 10/10


Dampyr 8Dampyr #8
Argumento: Mauro Boselli e Maurizio Colombo – Desenho: Nicola Genzianella

Um número atípico em que não há vampiros e Dampyr não anda com os seus companheiros habituais. História bastante “Lovecraftiana”, centrada na procura de um livro (imaginário) de magia negra, o Grimorio "De Profundis". Associados às diferentes partes, em que o livro foi dividido, acontecem vários crimes sangrentos em diversas universidades alemãs. Embora este número se assemelhe mais a uma investigação de Dylan Dog, que a uma aventura de Dampyr, a trama está muito bem conseguida e entretêm. É também divertido ver Dampyr a fazer-se passar por professor universitário, como poderiam ser as suas aulas de vampirismo e o seu relacionamento com os alunos.
O traço de Nicola Genzianella é muito competente, sendo uma mais valia para a narrativa. 7/10


Hard Time 2Hard Time #2
Argumento: Steve Gerber e Mary Skrenes - Desenho: Brian Hurtt

Este número continua a ser amigável para os novos leitores da série. São introduzidos os vários gangs prisionais, os presidiários mais importantes para a acção e as regras que regem a vida na cadeia. Um número sólido, em que há uma boa caracterização das personagens, principalmente de Ethan, e é introduzida uma nova personagem que promete vir a ser bastante interessante: um psicopata com tendência para mutilar as suas vítimas (de preferência jovens).
Gosto do desenho “cartoonish” de Hurtt e das cores vivas que são utilizadas. 7,5/10


Julia 7J. Kendall – As Aventuras De Uma Criminóloga #7
Argumento: Giancarlo Berardi e Giuseppe De Nardo - Desenho: Luigi Siniscalchi

Uma boa história policial manchada pelo traço pouco preciso, e imperfeito, de Siniscalchi.
Uma jovem é assassinada num jardim, à noite, após se ter despedido do namorado. As pistas apontam para vários suspeitos, cada um com um motivo plausível. Mas é o perfil traçado por Júlia que permite desvendar a verdadeira identidade do culpado, sem que ninguém saia prejudicado. Novamente, o papel de Júlia é essencial, para que não se saltem para conclusões erradas, e há uma reviravolta no final muito mórbida, que arruma o caso de forma original. Pena o desenho ser tão fraco… 6/10