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Primeiras Impressões: Testament #1 e X-Factor #1

Testament #1Testament #1
Editora: DC/Vertigo
Argumento: Douglas Rushkoff
Desenho: Liam Sharp

Se bem me lembro o Ferrão falou-me dos novos lançamentos da Vertigo (entre os quais este Testament) dizendo que eram promissores. Mas como a minha memória não dá para tudo, peguei neste Testament #1 sem saber muito bem o que me esperava.
Ao que parece, Douglas Rushkoff interessa-se bastante com assuntos relacionados com a Bíblia, nomeadamente com a divulgação do que realmente está lá escrito (ou da sua interpretação do que está escrito), em contraste com o que nos é dado a conhecer pelos meios habituais. Porque esta é uma questão delicada, Rushkoff decidiu contá-la através de banda desenhada.
Em "Testament" existem 3 histórias diferentes. A principal, num futuro não muito distante, sobre um jovem que se revolta contra um governo fascista ocorre paralelamente às refências bíblicas do passado distante. A terceira história refere-se aos deuses, intemporais, que tentam manipular o desenrolar dos acontecimentos. A ideia é mostrar que o que se conta na Bíblia é uma história que se vai repetindo ao longo dos séculos.
De uma forma geral gostei deste primeiro número, onde são apresentadas as personagens e o enredo principal. O paralelismo com a história de Abraão e do sacríficio do seu filho está bem conseguido e a história principal consegue ser bastante credível. Os desenhos não são maus, mas não me encheram as medidas (excepto a capa, que está espectacular).
A primeira impressão foi boa. Fico à espera do próximo número.

X-Factor #1X-Factor #1
Editora: Marvel
Argumento: Peter David
Desenho: Ryan Sook

O meu contacto com os títulos X tem sido muito reduzido nos últimos tempos. Não sei porquê mas a ideia de ver um grupo de mutantes com roupas justas a salvar o planeta revista após revista deixou de me cativar. Mas para variar um pouco, e porque este X-Factor #1 tem dado origem a muitas opiniões positivas, decidi dar uma vista de olhos. E devo dizer que o que vi agradou-me bastante.
A equipa X-Factor (da qual eu já não ouvia dizer nada deste o tempo das BDs em formato pequeno da Abril) tornou-se num grupo de detectives liderado por Jamie Madrox (Multiple Man) e do qual fazem ainda parte Guido (Strong Guy), Siryn, M, Rahne (Wolfsbane) e Rictor. Neste número, Madrox envia um dos seus "clones" ao cimo de um prédio para evitar que Rictor se suicide por ter perdido os seus poderes (como resultado do que se passou em House of M). Ao mesmo tempo, Siryn e Guido estão a levar a cabo uma investigação que acaba por se tornar mais violenta do que eles esperavam.
O que mais gostei neste primeiro número foi, sem dúvida nenhuma, o final surpreendente. O resto foi bastante satisfatório, uma narrativa fluida e com um bocadinho de humor aqui e ali, mas não estava nada à espera do que aconteceu naquelas duas últimas páginas, e essa é uma das coisas que eu gosto de ver num comic. Deixou-me realmente intrigado e com vontade de descobrir o que é que Peter David vai fazer a seguir. Visualmente devo dizer que não gostei muito do estilo de Ryan Sook, mas também não me senti especialmente incomodado.
Em geral gostei bastante deste número. Parece que fiz uma boa escolha no meu regresso ao mundo dos mutantes.