//

Raio X #5

Detective Comics #837

Argumento: Paul Dini – Desenho: Don Kramer – Editora: DC

Embora com algumas pausas, Paul Dini consegue manter a elevada qualidade dos one-shots de Batman e este número não é excepção. Embora tenha algumas ligações com o evento Countdown (que me passaram completamente ao lado), a história principal vale por si só para os seguidores do morcego. Batman aparece na última página, e Bruce Wayne na primeira, o resto da narrativa é dedicada a uma dupla improvável formada por Harley Quinn e Riddler. Riddler é encarregue por Bruce de investigar um dos seus trabalhadores, que está ligado às amazonas junto com Harley Quinn. Dini entrega-nos mais um excelente número em que as doses de acção, investigação e diálogos fluídos, estão muito bem calculadas; é um argumento com o ritmo de um episódio de animação, perfeito para uma história de BD de 20 e tal páginas. A arte de Kramer é competente e mantém a qualidade a que já nos habituou. 7/10


JLA/Hitman #1-2

Argumento: Garth Ennis – Desenho: John McCrea – Editora: DC

Que alegria que foi voltar a ler uma história original de Hitman (aka Tommy Monaghan)! Como Ennis se encarregou de matar Tommy, no final da série Hitman em 2001, este título é como que um regresso ao passado, inserindo-se algures na continuidade de Hitman após o seu encontro com Superman (#34) e com Green Lantern (#11-12). Esta mini-série é como um diálogo entre o autor e os muitos fãs de Tommy, pois funciona exactamente nos mesmos moldes narrativos que a extinta série, e está repleta de referências, e aparições, de personagens conhecidas. Nesta história Hitman vê-se associado à JLA para salvar a humanidade, e em última instância Tommy terá de recorrer a métodos pouco ortodoxos (e controversos) para salvar o dia. Adorei voltar a ver o humor despretensioso (“Tommy was here” na WC da JLA…) e a violência acéfala que caracterizavam esta série. Gostei também de ver a JLA envolvida em debates éticos e morais, levantados pelas acções de Tommy, que levam a uma reflexão sobre a natureza das acções e o que realmente motiva os super-heróis. É por estas pequenas amostras que sou da opinião que Ennis pode escrever das melhores histórias de super-heróis, se simplesmente conseguisse esquecer um pouco o ódio que nutre por este tipo de personagens. Só tenho uma coisa a dizer: tragam o Hitman de volta! 10/10