tag:blogger.com,1999:blog-101766592024-03-14T06:28:57.057+00:00Blog da UtopiaNo Blog da Utopia fala-se de banda desenhada, comics e tudo o que se relacione com o mundo da BD.Farinhahttp://www.blogger.com/profile/10331500338375258692noreply@blogger.comBlogger218125tag:blogger.com,1999:blog-10176659.post-56631379497110128882008-01-13T19:17:00.000+00:002008-01-13T19:45:17.672+00:00Nova colecção de BD no PúblicoDepois de já ter lançado duas colecções de BD dedicadas ao <em>Lucky Luke</em> e <em>Spirou</em>, o jornal Público associa-se novamente à Asa para uma nova colecção de 10 álbuns duplos: Grandes Autores de BD. A partir de 16 de Janeiro, por 6.90€ por semana, podem começar esta colecção que aborda alguns nomes sonantes do franco-belga e que tem algumas escolhas dúbias na minha opinião... Deixo-vos o programa das festas:<br />- 16/01: Thorgal (O filhos das estrelas e Alinoë) de Van Hamme e Rosinski.<br />- 23/01: Titeuf (As Miúdas ficam banzadas e N'é nada Justo) de Zep<br />- 30/01: Blacksad (Algures entre as sombras e Artic-Nation) de Canales e Guarnido<br />- 06/02: Iznogoud (Izongoud vê estrelas e Iznogoud e o computador mágico) de Goscinny e Tabary<br />- 13/02: A feira dos monstros e o Sono do monstro de Bilal<br />- 20/02: A estrela do deserto (tomo 1 e 2) de Desberg e Marini<br />- 27/02: Destino adiado (tomo 1 e 2) de Gibrat<br />- 05/03: Âromm (Destino nómada e Coração da estepe) de Zentner e Pellejero<br />- 12/03: A vida é um delírio de Miguelanxo Prado<br />- 19/03: O lama branco (O primeiro passo e A segunda visão) de Jodorowski e BessFerrãohttp://www.blogger.com/profile/05856698519432175839noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-10176659.post-2892233884443092192007-12-26T11:21:00.000+00:002007-12-26T11:31:21.596+00:00Jeff Smith e David Lapham regressam sem donoDois dos meus autores favoritos dos anos 90 regressam em 2008 com 2 séries originais e com liberdade criativa para tal. Jeff Smith publicou às suas custas mítica série <span style="font-style:italic;">Bone </span>(55 números, 1991-2004) , que alcançou um sucesso planetário: mais de um milhão de livros vendidos, está traduzido em nove línguas e foram criadas várias edições paralelas (a cores pela Scholastic e o apetecível Art of Bone da Dark Horse). David Lapham também criou a El Capitán para publicar a irregular, violenta e muita apreciada série: <span style="font-style:italic;">Stray Bullets</span> (40 números publicados, sem fim anunciado mas sem edições novas desde 2005, começou em 1995). Ambos os autores andaram um pouco parados, e recentemente pegaram em alguns títulos da DC e da Marvel. Jeff Smith na DC com <span style="font-style:italic;">Shazam: Monster Society of Evil</span>, e David Lapham fez para Marvel <span style="font-style:italic;">Terror Inc.</span>, e para a DC, uns <span style="font-style:italic;">Batman</span>, <span style="font-style:italic;">Spectre: Tales of The Unexpected</span> e para a Vertigo a OGN <span style="font-style:italic;">Silverfish</span>. Dos USA chegam-nos notícias que estes dois autores voltam às criações originais. <br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://2.bp.blogspot.com/_WOeqsYWqJyc/R3I4otWTSSI/AAAAAAAAABs/rNf4Y3kJabc/s1600-h/t_ylia_cv1_solicit.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;" src="http://2.bp.blogspot.com/_WOeqsYWqJyc/R3I4otWTSSI/AAAAAAAAABs/rNf4Y3kJabc/s320/t_ylia_cv1_solicit.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5148239596056955170" /></a>David Lapham vai manter o conforto de ter alguém a editar os seus livros e fica na Vertigo, excelente escolha na minha opinião (pode ser que assim o obriguem a acabar as suas séries). Regressa com a série <span style="font-style:italic;">Young Liars</span>, com início previsto para Março 2008. Em <span style="font-style:italic;">Young Liars</span>, Lapham volta a explorar o tema da perda da inocência, mas num mundo um pouco mais delirante que o de <span style="font-style:italic;">Stray Bullets.</span> <span style="font-style:italic;">Young Liars</span> narra as aventuras de Danny Noonan e Sadie Dawkins, ele é guitarrista e mentiroso compulsivo, ela é a sua paixão e filha de um milionário. Sadie depois de ser alvejada, e ter uma bala alojada no cérebro, segue os conselhos de Danny para satisfazer a sua fome por adrenalina. O que os vai levar numa viagem pela europa em busca de um quadro que vale 50 milhões de dólares, enquanto são perseguidos por um estranho grupo de mercenários alemães, contratados pelo pai de Sadie. Lapham promete: "Poorly disguised German hit men, incest, circus freaks, and murder" (<a href="http://forum.newsarama.com/showthread.php?t=140132">entrevista e preview</a>). Chega em Março de 2008 e é tentador...<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://3.bp.blogspot.com/_WOeqsYWqJyc/R3I4z9WTSTI/AAAAAAAAAB0/WL2WdAQ163k/s1600-h/t_Rasl_Picture27.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;" src="http://3.bp.blogspot.com/_WOeqsYWqJyc/R3I4z9WTSTI/AAAAAAAAAB0/WL2WdAQ163k/s320/t_Rasl_Picture27.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5148239789330483506" /></a>Já Jeff Smith, preferiu manter-se independente, e será pela sua editora Cartoon Books que vai lançar <span style="font-style:italic;">RASL </span>durante os próximos dois anos. RASL marca uma separação com o mundo de Bone, pois é um título de ficção científica, em que o herói viaja por diversas dimensões para roubar obras de arte. RASL é o nome pelo qual é conhecido pela polícia. Smith acrescentou um ingrediente engraçado às viagens inter dimensionais: RASL tem um fato que quebras a barreiras de espaço/tempo e lhe permitir ir de uma dimensão para outra, mas isto é um processo doloroso e a maneira com que ele lida com isto é tendo uma vida de devasso (alcool, prostitutas, jogo...) durante vários dias. Para voltar é o contrário, tem de estar limpo e zen... Está previsto para Fevereiro e podem ver a preview (e entrevista com Jeff Smith) <a href="http://www.newsarama.com/Comic-Con_07/misc/Rasl/Rasl_Smith.html">aqui</a>.Ferrãohttp://www.blogger.com/profile/05856698519432175839noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-10176659.post-39768981373358507142007-12-22T20:08:00.000+00:002007-12-22T20:18:43.885+00:00Capas #9: Batman - The Long Halloween #3<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://2.bp.blogspot.com/_WOeqsYWqJyc/R21xG9WTSRI/AAAAAAAAABk/Rwr_QGMGFNE/s1600-h/7339_4_03.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;" src="http://2.bp.blogspot.com/_WOeqsYWqJyc/R21xG9WTSRI/AAAAAAAAABk/Rwr_QGMGFNE/s400/7339_4_03.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5146894313515600146" /></a><br /><br /><br /><span style="font-weight:bold;">Desenho:</span> Tim Sale<br /><span style="font-weight:bold;">Editora:</span> DC<br /><span style="font-weight:bold;">Ano de publicação:</span> 1997<br /><span style="font-weight:bold;">Sinopse:</span> Mini-série cuja acção se desenrola durante o Ano Um, em que Batman investiga um assassino que só ataca durante os feriados. Trabalhando em conjunto com o procurador Harvey Dent e com o chefe da polícia James Gordon, Batman luta contra o calendário para descobrir quem é Holliday, antes que este reclame mais vítimas a cada mês que passa. Nesta série também assistimos à transformação de Dent no Two-Face.<br /><br />Feliz Natal!Ferrãohttp://www.blogger.com/profile/05856698519432175839noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-10176659.post-50274714469447302862007-12-19T18:24:00.001+00:002007-12-19T18:30:12.381+00:00Raio X #5<a href="http://1.bp.blogspot.com/_WOeqsYWqJyc/R2VvdtWTSMI/AAAAAAAAAA8/n19iiuzPE4Q/s1600-h/87_0837.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;" src="http://1.bp.blogspot.com/_WOeqsYWqJyc/R2VvdtWTSMI/AAAAAAAAAA8/n19iiuzPE4Q/s320/87_0837.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5144640705520683202" /></a><strong>Detective Comics #837</strong><br /><br /><em>Argumento: Paul Dini – Desenho: Don Kramer – Editora: DC</em><br /><br />Embora com algumas pausas, Paul Dini consegue manter a elevada qualidade dos one-shots de Batman e este número não é excepção. Embora tenha algumas ligações com o evento Countdown (que me passaram completamente ao lado), a história principal vale por si só para os seguidores do morcego. Batman aparece na última página, e Bruce Wayne na primeira, o resto da narrativa é dedicada a uma dupla improvável formada por Harley Quinn e Riddler. Riddler é encarregue por Bruce de investigar um dos seus trabalhadores, que está ligado às amazonas junto com Harley Quinn. Dini entrega-nos mais um excelente número em que as doses de acção, investigação e diálogos fluídos, estão muito bem calculadas; é um argumento com o ritmo de um episódio de animação, perfeito para uma história de BD de 20 e tal páginas. A arte de Kramer é competente e mantém a qualidade a que já nos habituou. <strong>7/10</strong><br /><br /><br /><a href="http://3.bp.blogspot.com/_WOeqsYWqJyc/R2Vv6NWTSNI/AAAAAAAAABE/-FXpL0Ccnhc/s1600-h/26488_001.jpg"><img style="float:right; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;" src="http://3.bp.blogspot.com/_WOeqsYWqJyc/R2Vv6NWTSNI/AAAAAAAAABE/-FXpL0Ccnhc/s320/26488_001.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5144641195146954962" /></a><strong>JLA/Hitman #1-2</strong><br /><br /><em>Argumento: Garth Ennis – Desenho: John McCrea – Editora: DC</em><br /><br />Que alegria que foi voltar a ler uma história original de Hitman (aka Tommy Monaghan)! Como Ennis se encarregou de matar Tommy, no final da série Hitman em 2001, este título é como que um regresso ao passado, inserindo-se algures na continuidade de Hitman após o seu encontro com Superman (#34) e com Green Lantern (#11-12). Esta mini-série é como um diálogo entre o autor e os muitos fãs de Tommy, pois funciona exactamente nos mesmos moldes narrativos que a extinta série, e está repleta de referências, e aparições, de personagens conhecidas. Nesta história Hitman vê-se associado à JLA para salvar a humanidade, e em última instância Tommy terá de recorrer a métodos pouco ortodoxos (e controversos) para salvar o dia. Adorei voltar a ver o humor despretensioso (“Tommy was here” na WC da JLA…) e a violência acéfala que caracterizavam esta série. Gostei também de ver a JLA envolvida em debates éticos e morais, levantados pelas acções de Tommy, que levam a uma reflexão sobre a natureza das acções e o que realmente motiva os super-heróis. É por estas pequenas amostras que sou da opinião que Ennis pode escrever das melhores histórias de super-heróis, se simplesmente conseguisse esquecer um pouco o ódio que nutre por este tipo de personagens. Só tenho uma coisa a dizer: tragam o Hitman de volta! <strong>10/10</strong>Ferrãohttp://www.blogger.com/profile/05856698519432175839noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-10176659.post-56544355359293910742007-12-17T21:36:00.000+00:002007-12-17T23:09:04.058+00:00Página 161<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://1.bp.blogspot.com/_WOeqsYWqJyc/R2bu4dWTSPI/AAAAAAAAABU/2bIGg9oixXk/s1600-h/022408089X.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;" src="http://1.bp.blogspot.com/_WOeqsYWqJyc/R2bu4dWTSPI/AAAAAAAAABU/2bIGg9oixXk/s200/022408089X.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5145062278035622130" /></a><br />Com muito atraso, venho responder ao desafio lançado pelo Verbal, do <a href="http://notasbedefilas.blogspot.com/2007/11/pgina-161.html">Notas Bedéfilas</a>, há um mês atrás. Esta corrente blogueira consiste em abrir um livro na página 161, e em transcrever a quinta fala. A minha escolha vai para a minha leitura de cabeceira do momento: Safe Area Gorazde, de Joe Sacco (Jonathan Cape).<br /><br /><blockquote>"I believe in a multiethnic Bosnia. Not all soldiers are war criminals. Maybe a small percentage are bad, those who did the slaughtering and those who fired artillery into civilian areas..."</blockquote><br /><br />Lanço o desafio ao Bruno Taborda do <a href="http://contraculto.blogspot.com/">Contracultura</a> (para ver se ainda dá uma olhada aqui para estes lados, assim como o Verbal que me lançou o desafio).Ferrãohttp://www.blogger.com/profile/05856698519432175839noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-10176659.post-85206056073969279142007-12-15T22:49:00.000+00:002007-12-15T23:03:22.713+00:00Posters de The Dark KnightJá circulam por aí os posters da sequela de Batman Begins ...<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://3.bp.blogspot.com/_WOeqsYWqJyc/R2RcNdWTSLI/AAAAAAAAAA0/OMsHB5ZsZ5Y/s1600-h/tdkjokerposter.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer;" src="http://3.bp.blogspot.com/_WOeqsYWqJyc/R2RcNdWTSLI/AAAAAAAAAA0/OMsHB5ZsZ5Y/s320/tdkjokerposter.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5144338060650170546" border="0" /></a><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://3.bp.blogspot.com/_WOeqsYWqJyc/R2Rb6dWTSHI/AAAAAAAAAAU/kF-cM0meqnU/s1600-h/tdkfl9.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer;" src="http://3.bp.blogspot.com/_WOeqsYWqJyc/R2Rb6dWTSHI/AAAAAAAAAAU/kF-cM0meqnU/s320/tdkfl9.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5144337734232655986" border="0" /></a><br /><br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://2.bp.blogspot.com/_WOeqsYWqJyc/R2Rb7NWTSJI/AAAAAAAAAAk/nuf9ipbrn1Q/s1600-h/tdkposter3.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer;" src="http://2.bp.blogspot.com/_WOeqsYWqJyc/R2Rb7NWTSJI/AAAAAAAAAAk/nuf9ipbrn1Q/s320/tdkposter3.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5144337747117557906" border="0" /></a><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://1.bp.blogspot.com/_WOeqsYWqJyc/R2Rb79WTSKI/AAAAAAAAAAs/EjUR8oR1slY/s1600-h/tdkcity1.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer;" src="http://1.bp.blogspot.com/_WOeqsYWqJyc/R2Rb79WTSKI/AAAAAAAAAAs/EjUR8oR1slY/s320/tdkcity1.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5144337760002459810" border="0" /></a><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br />e têm muito bom aspecto! The Dark Knight tem estreia prevista para o verão de 2008.Ferrãohttp://www.blogger.com/profile/05856698519432175839noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-10176659.post-69583721194648133702007-12-06T14:30:00.000+00:002007-12-06T23:18:47.421+00:00Bang Bang Vol. 1<a href="http://4.bp.blogspot.com/_WOeqsYWqJyc/R1gIXp0XpqI/AAAAAAAAAAM/vt7N7H6iFjo/s1600-h/pnc_bangbang1.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5140868177098942114" style="margin: 0px 10px 10px 0px; float: left;" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/_WOeqsYWqJyc/R1gIXp0XpqI/AAAAAAAAAAM/vt7N7H6iFjo/s320/pnc_bangbang1.jpg" border="0" /></a> <strong>Autor:</strong> Hugo Teixeira<br /><strong>Editora:</strong> Pedranocharco (2007)<br /><br />Como já é hábito, o FIBDA é a única altura em que a BD portuguesa saí da gaveta dos autores, e agita um pouco o marasmo editorial que domina a 9ª arte por cá… A Pedranocharco (editora do resistente BD Jornal) não foi excepção e lançou dois títulos: <em>Sexo, Mentiras e Fotocópias</em>, de Álvaro (que ainda não li, mas já teve direito a crítica no Ípsilon) e <em>Bang Bang</em>, de Hugo Teixeira.<br />Hugo Teixeira deu-se a conhecer ao público com a sua participação no BD Jornal: <em>Os Monótonos Monólogos de um Vagabundo</em>, um pequeno conto intimista, e bastante pessoal.<br /><em>Bang Bang</em>, o primeiro mangá português a ser editado, chega-nos num registo totalmente diferente. O autor denomina-o de “mangá cyberpunk” e tem alguns elementos de western à mistura. Trata de uma organização interplanetária de caçadores de cabeças, no ano de 3029, em mundos pós-apocalípticos que fazem lembrar <em>Blame</em>!, de Totsumo Nihei. Este álbum de 68 páginas, contem apenas cerca de 40 páginas de BD; onde, além de serem apresentadas as duas personagens principais, acontece muito pouco. Além disso, <em>Bang Bang</em> parece não trazer nada de novo ao género e limita-se a repetir fórmulas existentes: uma heroína sozinha, num mundo desolado, em busca de alguma vingança pessoal e acompanhada por um sidekick trapalhão…<br />No desenho, Hugo Teixeira aproxima-se dos mangás deste género. A influência de Totsumo Nihei é notória, principalmente nos cenários, mas o seu traço ainda tem de melhorar muito, principalmente quando desenha pessoas… No entanto, gostei das naves, e outros veículos, onde Hugo Teixeira parece muito mais à vontade.<br /><em>Bang Bang</em> é um projecto cheio de boa vontade, e segue o plano de divulgação de BD portuguesa lançado há muito por Jorge Machado Dias. No entanto, peca pela falta de originalidade e pelo tamanho reduzido do álbum, que não permite que a história desenvolva o suficiente para cativar o leitor. Nota positiva para os extras incluídos no final do álbum.Ferrãohttp://www.blogger.com/profile/05856698519432175839noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-10176659.post-44837459983033436172007-07-12T12:28:00.000+01:002007-07-12T12:52:35.871+01:00Criminal #1-5: Coward<img src="http://www.comics.org/graphics/covers/20108/200/20108_2_001.jpg" alt="Criminal #1" align="left"><span style="font-weight:bold;">Autor:</span>Ed Brubaker<br /><span style="font-weight:bold;">Desenhador:</span>Sean Phillips<br /><span style="font-weight:bold;">Editora:</span>Icon/Marvel<br /><br />Nos últimos meses, Ed Brubaker foi sem dúvida o autor de BD que teve a maior cobertura mediática depois de ter morto o Capitão América. Embora o seu trabalho em títulos de super-heróis tenha chamado a atenção de muita gente (tenho acompanhado Daredevil e tenho estado a gostar), é nos títulos policiais que Brubaker brilha. Criminal é a sua última criação neste campo, com a ajuda de Sean Phillips, o seu colaborador na excelente série de espionagem da DC/Wildstorm: Sleeper.<br />Criminal é uma delícia para quem é adepto de BD noir. Este primeiro arco é a história clássica de um assalto que corre mal. Tem todos os ingredientes necessários: um criminoso “reformado” (que volta para um último golpe), polícias corruptos, uma femme fatale e um assalto engenhoso, que culmina numa fantástica perseguição automóvel… Embora seja uma história que, à primeira vista, pareça não ter nada de original, Brubaker não se limita a repetir fórmulas já gastas. Aliás, face à brilhante caracterização das personagens, a narrativa e a sua resolução ficam em segundo plano. As personagens de Brubaker são incrivelmente humanas, cheias de falhas e vícios. E à medida que nos são desvendados os seus motivos e traumas, é impossível o leitor não sentir empatia por estes foras da lei. <br />No entanto, não quero desvalorizar a narrativa, que sendo bastante clássica, foi elaborada seguindo uma boa receita. Brubaker arquitectou um thriller empolgante, passado num ambiente sombrio e brutal. Numa trama cheia de enganos e falsas aparências, são lançadas várias pistas falsas ao leitor. O suspense construído ao longo dos cinco números é eficaz, e o final está longe de ser banal. <br />A arte de Sean Phillips é realista e com sombras bastante carregadas, o que lhe dá um ar pouco polido e sujo. Exactamente o que se espera para retratar o ambiente em que vão decorrer as histórias deste submundo imaginado por Brubaker. Além disso, Phillips tem uma excelente noção de ritmo, que lhe permite retratar momentos de grande violência de uma forma crua e surpreender o leitor aquando nos momentos mais chocantes.<br />Seguindo a tradição dos comics independentes, não há publicidade no meio da história e cada número traz um pequeno bónus no final. Até agora foram pequenos ensaios sobre os clássicos do cinema noir, muito interessante. E gratificante para quem nem sempre tem paciência para esperar pelo TPB…<br />Este primeiro arco é uma pequena pérola para quem gosta da sua dose de ficção criminal aos quadradinhos. O enredo habilmente conduzido e a arte fantástica de Phillips, dão-me vontade de conhecer o resto das personagens que Brubaker tem para nos apresentar.Ferrãohttp://www.blogger.com/profile/05856698519432175839noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-10176659.post-87009430312240783592007-07-08T20:05:00.000+01:002007-07-15T13:51:11.761+01:00A banda desenhada no "Pimp My Ride"A maioria de vocês já deve ter pelo menos ouvido falar do programa da MTV <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Pimp_My_Ride" target="_blank">Pimp My Ride</a>. O conceito do programa é simples: pegar num carro a cair de podre e arranjá-lo completamente, incluindo todos os acessórios que se podem imaginar. O objectivo é deixar o carro totalmente <a href="http://www.urbandictionary.com/define.php?term=pimped+out" target="_blank"><i>pimped</i></a> (daí o nome do programa). Além das alterações típicas do <i>tuning</i>, são sempre feitas alterações e colocados acessórios que tenham algo a ver com a personalidade e os interesses do dono.<br /><br /><a href="http://www.mtv.com/overdrive/?id=1560819" target="_blank">Num dos últimos episódios</a>, o dono do carro era fã de banda desenhada. O resultado foi o seguinte:<br /><br /><img src="http://img.photobucket.com/albums/v236/erhnam/pimp-my-ride-01.jpg" style="display:block;margin:0px auto 10px; text-align:center;width:480px;" /><br /><img src="http://img.photobucket.com/albums/v236/erhnam/pimp-my-ride-02.jpg" style="display:block;margin:0px auto 10px; text-align:center;width:480px;" /><br /><img src="http://img.photobucket.com/albums/v236/erhnam/pimp-my-ride-03.jpg" style="display:block;margin:0px auto 10px; text-align:center;width:480px;" /><br />Reparem no pormenor da última imagem. O <i>comic</i> é o Fantastic Four #50, um dos primeiros em que apareceu o Silver Surfer. O engraçado é que parece que isto foi o que deixou o dono do carro mais surpreendido, chegando até a exclamar que deveria ter custado uma fortuna. De certeza que custou menos do que uma roda do carro...Farinhahttp://www.blogger.com/profile/10331500338375258692noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-10176659.post-56084043416853832702007-07-02T15:43:00.000+01:002007-07-02T15:55:31.438+01:00O sonho de qualquer comprador compulsivo de comicsHá uns meses atrás o Farinha falou-me num site que vendia livros muito baratos e que não cobrava portes de envio. Como um bom viciado fui logo ver se os preços compensavam, e fiquei boquiaberto quando comecei a explorar o catálogo desta loja online britânica... Além de não cobrarem portes, os TPB são muito mais baratos do que em qualquer outra loja (física ou virtual). Como exemplo, vejam o preço deste <a href="http://www.bookdepository.co.uk/WEBSITE/WWW/WEBPAGES/showbook.php?id=1582406898">Casanova</a> (capa dura) cujo preço de capa é $25... As novidades estão disponíveis quase imediatamente e os livros chegaram sempre em bom estado a minha casa. Há uns meses para cá que só compro os meus TPB na <a href="http://www.bookdepository.co.uk/">Book Depository</a>, e penso que os poucos leitores que ainda nos acompanham vão gostar de saber da existência desta loja... É um brinde para os utópicos resistentes. Aproveitem!Ferrãohttp://www.blogger.com/profile/05856698519432175839noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-10176659.post-4607293695122372812007-06-21T13:30:00.000+01:002007-07-02T19:48:32.532+01:00Action figure de Stan Lee...Nunca percebi muito bem o mercado de action figures... São bonecos articulados, semelhantes aos antigos G.I. Joe, com vários acessórios que permitem colocá-los em diferentes poses e situações. Parece a descrição de um brinquedo não é? Mas não lhes chamem brinquedos, pois correm o risco de ser vilipendiados por algum coleccionador fanático...<br />Para alargar este mercado, há muito saturado, de brinquedos em que as crianças não podem tocar, chega agora uma pérola rara na colecção Marvel Legends: <a href="http://www.msnbc.msn.com/id/19339038/">Stan Lee Action Figure</a>. O criador de Spider-Man, X-Men e outros personagens da Marvel será imortalizado em glorioso PVC pela Hasbro. Com um preço de $14.99, a figura de 15 cm promete ser um retrato fiel de Stan Lee. Por isso a action figure traz umas calças khaki, um casaco azul e aqueles maravilhosos óculos à 70's... Aqui está algo que realmente fazia falta no maravilhoso mundo de objectos coleccionáveis...<br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://img.photobucket.com/albums/v236/erhnam/stan-lee-action-figure.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;" src="http://img.photobucket.com/albums/v236/erhnam/stan-lee-action-figure.jpg" border="0" alt="" /></a>Ferrãohttp://www.blogger.com/profile/05856698519432175839noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-10176659.post-36547410260233829902007-06-17T22:35:00.001+01:002007-07-02T19:51:18.149+01:00Acéfalos - Tiras Cómicas em PortuguêsChegou-me por email um pedido para divulgar este novo <i>webcomic</i> em português. <a href="http://www.acefalos.com/" target="_blank">Acéfalos</a> é um site criado e mantido por um grupo de amigos onde são colocadas tiras humorísticas isoladas e os autores prometem que terá actualizações frequentes.<br />Como sou fã de <i>webcomics</i> e este ainda por cima é português (não conheço mais nenhum, aceitam-se dicas), não tive outra escolha senão aceder ao pedido.<br />Aqui fica uma das suas tiras, por sinal a que achei mais engraçada até agora:<br /><div style="text-align: center;"><a href="http://www.acefalos.com/comics/007.jpg" target="_blank" ><img style="display:block;" border="0" src="http://www.acefalos.com/comics/007.jpg" width="480" /></a><br /></div>Farinhahttp://www.blogger.com/profile/10331500338375258692noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-10176659.post-31487963340973190492007-05-16T11:54:00.000+01:002007-05-19T03:11:09.953+01:00Fantastic Four - Rise of the Silver Surfer<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://4.bp.blogspot.com/_a4K9bBIkvsM/RkrlbhVN5mI/AAAAAAAAAAo/rknzdKDTKUA/s1600-h/FF2-348.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;" src="http://4.bp.blogspot.com/_a4K9bBIkvsM/RkrlbhVN5mI/AAAAAAAAAAo/rknzdKDTKUA/s400/FF2-348.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5065112991898134114" /></a><blockquote>A primeira família de super heróis da Marvel, o Quarteto Fantástico, encontra o seu maior desafio até agora em “O Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado” quando o enigmático mensageiro intergalático, o Surfista Parateado, chega à Terra para preparar o planeta para a destruição. Enquanto o Surfista Prateado percorre o planeta lançando o caos, Reed, Sue, Johnny e Ben têm de descobrir o mistério do Surfista Prateado e confrontar o surpreendente regresso do seu inimigo mortal Dr. Doom, antes de perder toda a esperança.</blockquote><br />É esta a sinopse da sequela do filme do Quarteto Fantástico, cuja estreia em Portugal está marcada para <b>14 de Junho</b>.<br /><br /><b>Fantastic Four - Rise of the Silver Surfer</b> é essencialmente baseado nas revistas #48-50 da banda desenhada, fazendo também referência a alguns elementos das revistas #57-60 (nos quais o Surfista Prateado encontra o Dr. Doom), assim como a momentos da mais recente série intitulada Ultimate Extinction. Neste filme surge o <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Silver_Surfer" target="_blank">Surfista Prateado</a>, que vem até à terra com o intuito de preparar a destruição do planeta em nome de <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Galactus" target="_blank">Galactus</a>, o seu terrível amo devorador de planetas. À medida que o caos toma conta da terra, o Quarteto Fantástico terá de descobrir qual o mistério do Surfista e ao mesmo tempo enfrentar o seu arqui-inimigo, o Dr. Doom.<br /><br />Estive a ver o <a href="http://www.castellolopesmultimedia.com/fantasticfour2/index.html" target="_blank">trailer</a> (precisa do <a href="http://www.adobe.com/shockwave/download/download.cgi?P1_Prod_Version=Shockwaveflash" target="_blank">Flash Player</a>) e o que posso dizer é que gosto bastante dos efeitos especiais, que é o mesmo que dizer que gosto do aspecto do Surfista Prateado criado digitalmente, porque o resto já tinha visto antes. Quando à história, é esperar para ver.Farinhahttp://www.blogger.com/profile/10331500338375258692noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-10176659.post-46066505999719100052007-05-09T19:26:00.000+01:002007-05-09T19:54:07.392+01:00Rob Liefeld ressuscita Blog da Utopia!É verdade, leram bem. O <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Rob_Liefeld" target="_blank">Rob Liefeld</a> é o responsável pela ressureição do <b>Blog da Utopia</b>! Quero dizer... mais ou menos...<br /><br />O que realmente aconteceu foi que recebi um email bastante engraçado de um leitor que queria saber se, caso ele eventualmente assassinasse o Rob Liefeld, poderia colocar neste blog uma crítica à experiência. Depois de reler o email umas quantas vezes para tentar perceber o que se estava a passar resolvi perguntar o porquê de tanto ódio. Eu já sabia que este não é dos artistas mais adorados pelos fãs que vêem os seus personagens favoritos desenhados por ele, mas poderia ser que tivesse havido algum "escândalo" recente do qual eu não tivesse conhecimento uma vez que não me tenho mantido informado sobre o que se tem passado no mundo da banda desenhada. A resposta que obtive foi a seguinte:<br /><center><br /><img src="http://img.photobucket.com/albums/v236/erhnam/liefeld-anatomy-captain-america.jpg" alt="Captain America - Liefeld Anatomy"><br /></center><br />Com algum esforço lá consegui parar de rir e mal encontrei o Ferrão contei-lhe logo este episódio. E o que acabou por acontecer foi que chegámos á conclusão que o facto de termos pessoas a enviar este tipo de emails significa que, apesar de estarmos parados há mais de 6 meses, ainda temos leitores e que não podemos deixar este espaço morrer.<br /><br />Ficou então decidido que o Blog da Utopia volta a entrar em actividade, mas a um baixo ritmo, fruto do pouco tempo que temos para lhe dedicar. Voltamos apenas a meio gás e com uma postura mais descontraída, sendo que os posts incidirão nas notícias mais importantes, em situações engraçadas que se passem no mundo da BD e, está claro, numa ou outra crítica às BDs que vamos lendo.<br /><br />E com isto já podem dizer que o Rob Liefeld fez algo de bom...Farinhahttp://www.blogger.com/profile/10331500338375258692noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-10176659.post-1161213191461371812006-10-19T00:10:00.000+01:002007-12-15T23:06:29.337+00:00Le Roi Cassé<img src="http://img.photobucket.com/albums/v236/erhnam/le-roi-casse.jpg" alt="capa Le Roi Cassé" align="left" /><span style="font-weight: bold;">Autor:</span> Nicolas Dumontheuil<br /><span style="font-weight: bold;">Editora:</span> Casterman<br /><br />Dumontheuil é o mestre incontestável do absurdo na 9ª arte francófona, e prova-o mais uma vez nesta nova BD em que a guerra assume um papel central. Em <span style="font-style: italic;">Le Roi Cassé</span>, a Primeira Guerra Mundial é descrita como um acontecimento sem sentido nenhum, em que já nem os próprios chefes de estado sabem o que a fez começar. A carnificina que daí advém é tal, que até a própria Morte fica horrorizada com a quantidade de cadáveres. O que a vai levar a fazer um acordo com o soldado Virjusse, o último a ser morto antes do armistício (enquanto, escondido, contava os minutos para o fim da guerra…). A Morte, reúne-se então com os chefes de estado, e convence-os a fazerem uma pausa nos combates até ao fim da guerra, que acontecerá 9 meses depois, no dia 11 de Novembro. Para selar o pacto, oferece-lhes o último morto desta guerra, Simon Virjusse, que deverá morrer momentos antes das tréguas se tornarem oficiais.<br /><br />Através desta fábula irreal, Dumontheuil, denuncia a hipocrisia dos que ficam longe da frente de batalha e que não olham mais além do que o seu umbigo. Ao longo de 96 páginas, somos mergulhados num mundo completamente absurdo onde a estupidez, a vaidade e o egoísmo são lei. A aberrante ascensão de Virjusse ao estatuto de herói nacional, é sempre pautada pelo genial sentido de humor, baseado em contra-sensos, que caracteriza os diálogos de Dumontheuil. Além disso, <span style="font-style: italic;">Le Roi Cassé</span>, aborda o tema kafkiano, recorrente na obra do autor, do indivíduo esmagado por circunstâncias que lhe são impostas e que ele não percebe, face à naturalidade com que a sua situação é encarada pelos que o rodeiam.<br /><br />Infelizmente, Dumontheuil abandonou a colorização directa que tantos elogios lhe valeu noutras obras, como em <span style="font-style: italic;">Qui a tué l’idiot</span> (vencedor do melhor álbum em Angoulême em 1997). Sendo assim, as cores quentes e vibrantes de outros tempos dão lugar a uma colorização mais sombria, que faz com que o seu traço caricatural perca muito da textura mais plástica de outros tempos. Mas tirando esta pequena decepção, o traço de Dumontheuil mantém as características que podem fazer lembrar Rabaté ou mesmo Blutch.<br /><br />Não estando ao nível do magistral <span style="font-style: italic;">Qui a tué l’idiot</span>, <span style="font-style: italic;">Le Roi Cassé</span> contém todas as qualidades de um romance burlesco e o destino de Virjusse é implacável, demonstrando que a morte física não é nada quando comparada com a social. Recomendo aos fãs de humor absurdo.Ferrãohttp://www.blogger.com/profile/05856698519432175839noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-10176659.post-1160941954188545942006-10-15T20:49:00.000+01:002006-10-15T20:53:39.626+01:00Raio X #4<img src="http://img.photobucket.com/albums/v236/erhnam/batman-655-small.jpg" alt="descrição" align="left" /><span style="font-weight: bold;">Batman #655-656</span><br /><span style="font-style: italic;">Argumento: Grant Morrison – Desenho: Andy Kubert – Editora: DC</span><br /><br />É mau sinal quando passado 5 ou 6 páginas o leitor não percebe o que se está a passar, não porque o autor utilize referências obscuras, mas porque a narrativa é confusa. Isto é ainda pior quando acontece num título de super-heróis… Muito se esperava de Morrison em <span style="font-style: italic;">Batman</span>, mas até agora tem sido tudo bastante enfadonho, e pouco inovador, neste arco em que Batman conhece o seu filho e tem lutar com homens morcego gigantes (algo que já foi utilizado em Usagi Yojimbo…). Embora sejam poucos, também existem bons momentos, como quando Batman combate com os morcegos gigantes rodeado por quadros de pop art com balões de BD que reflectem o que se está a passar na história. A arte de Kubert é dinâmica o suficiente para um título deste género, mas não faz mais do que cumprir o seu papel. <span style="font-weight: bold;">5/10</span><br /><br /><br /><img src="http://img.photobucket.com/albums/v236/erhnam/detective-comics-821-small.jpg" align="right" /><span style="font-weight: bold;">Detective Comics #821-822</span><br /><span style="font-style: italic;">Argumento: Paul Dini – Desenho: J.H.Williams III (#851) e Don Kramer (#822) - Editora: DC</span><br /><br />Só pelas capas de Simone Bianchi já vale a pena comprar este título… Paul Dini decidiu não fazer grandes arcos e portanto cada número é auto-conclusivo e gira à volta de premissas bastante simples. Como o próprio título indica, aqui foca-se mais a faceta de investigador de Batman. Ambas as histórias são bastante interessantes, e têm o seu quê de reminiscente da Bronze Age, embora no #822 a ideia de partida (Riddler tornou-se detective e ajuda a polícia) seja mais forte. No entanto, perdeu-se muito com a saída de J.H. Williams. A composição das suas páginas é exímia e tudo serve para fazer uma vinheta, até a própria capa do Batman. O traço de Kramer faz lembrar Williams, mas tem uma abordagem muito mais convencional. <span style="font-weight: bold;">7/10</span><br /><br /><br /><img src="http://img.photobucket.com/albums/v236/erhnam/fell-6-small.jpg" align="left" /><span style="font-weight: bold;">Fell #6</span><br /><span style="font-style: italic;">Argumento: Warren Ellis – Desenho: Bem Templesmith – Editora: Image</span><br /><br />Ellis continua a explorar Snowtown através das investigações do detective Fell. Cada número contém uma história completa, e graças às pistas que Ellis vai deixando, aos poucos vamos conhecendo melhor cada personagem (sendo, sem dúvida, a mais intrigante, a freira que se mascara de Nixon…). O relacionamento entre Fell e Mayko é bastante simples, mas uma pequena esperança no meio da cidade desoladora que é Snowtown. Como nos outros números Ellis inspirou-se em factos reais para criar um criminoso doentio, lembrando-nos que os actos mais atrozes acontecem mais perto de nós do que gostaríamos de pensar. A arte de Templesmith transmite o ambiente fantasmagórico da cidade, ao mesmo tempo que a colorização estabelece o contraste entre o que de melhor e pior existe em Snowtown. Uma excelente leitura, como sempre. <span style="font-weight: bold;">9/10</span>Ferrãohttp://www.blogger.com/profile/05856698519432175839noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-10176659.post-1160080126123376022006-10-05T20:26:00.001+01:002007-12-15T23:07:21.584+00:00DMZ Vol. 1: On the ground<img src="http://img.photobucket.com/albums/v236/erhnam/dmz-tpb-1-on-the-ground.jpg" alt="Capa DMZ TPB" align="left" /><span style="font-weight: bold;">Argumento:</span> Brian Wood<br /><span style="font-weight: bold;">Desenho:</span> Riccardo Burchielli<br /><span style="font-weight: bold;">Editora:</span> DC/Vertigo<br /><br />Já pouco se fala de ficção científica hoje em dia, “mundo pós-apocalíptico”, “distopia” e “futuro próximo”, são expressões mais pomposas que afastam o estigma de literatura de cordel associado a esta corrente. No entanto, uma parte das séries mainstream de sucesso, publicadas nos USA, são títulos de ficção científica, veja-se <span style="font-style: italic;">Y The Last Man, The Walking Dead</span> e agora <span style="font-style: italic;">DMZ</span>. É certo que não estão presentes humanóides verdes, nem tecnologia altamente avançada, sistemas políticos opressivos e autoritários, mas há uma reestruturação do presente com base no que se poderia tornar o nosso futuro.<br /><br />Em <span style="font-style: italic;">DMZ</span>, isto passa pela introdução de uma segunda guerra civil americana, disputada em plena Nova Iorque há 5 anos. Uma milícia organizada, os Free States, ocupou os territórios de New Jersey e o que fica para oeste, enquanto que as tropas americanas estão instaladas em Brooklyn, Queens e Long Island. Exactamente entre as duas facções inimigas situa-se a Ilha de Manhattan, uma zona desmilitarizada (a “DMZ”), onde vai aterrar Matty Roth, um estagiário de fotojornalismo. Matty está a acompanhar a primeira equipa que vai fazer uma reportagem em Manhattan depois de ter começado a guerra, quando tudo corre mal e acaba por ficar sozinho em plena “no man’s land”. Matty cresceu nos subúrbios, onde impera a classe média/alta, e viveu uma vida abastada e protegida, a sua preparação para um ambiente hostil é nula o que nos faz ter bastante empatia pela sua personagem. Mesmo achando que, o principal defeito destes primeiros números de <span style="font-style: italic;">DMZ</span>, seja uma caracterização das personagens muito superficial, principalmente no caso de Matty e Zee, a sua guia em Manhattan. Wood preferiu mostrar vários aspectos do quotidiano e da nova organização desta Manhattan em estado de sítio, um pouco como Ellis fez nos números mais tardios de <span style="font-style: italic;">Transmetropolitan</span>, quando Spider Jerusalem pouco mais era do que os olhos do leitor. As ideias de Wood são boas e muito interessantes, mas no final fiquei com a impressão que falta substância a um título que pode ser muito mais.<br /><br />A arte está dividida entre Wood e Burchielli, um desenhador italiano. Brian Wood trata das capas e das páginas em que são apresentados excertos televisivos da Liberty News, a agência que enviou Matty para o terreno. Nos seus desenhos utiliza o seu já conhecido estilo muito design, o que funciona muito bem para transmitir uma sensação de manipulação mediática no tratamento da informação. O traço de Burchielli é realista e com uma atenção especial aos cenários, que são desenhados meticulosamente, o que contribui em muito para estabelecer o ambiente de guerra urbano numa metrópole como Nova Iorque.<br /><br />Ao ler estes primeiros cinco números de <span style="font-style: italic;">DMZ </span>fiquei com a ideia que a história fica aquém daquilo que poderia ser. Wood estabelece muito bem o cenário, mas falta conteúdo, apesar de ser possível vislumbrar os caminhos que a narrativa pode tomar. Embora não tenha ficado já completamente rendido a este título acho que o próximo TPB é capaz de mudar isso.Ferrãohttp://www.blogger.com/profile/05856698519432175839noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-10176659.post-1151412669364731072006-06-27T12:01:00.000+01:002006-06-28T19:56:45.003+01:00Capas #8: Civil War #2 (reprint)<center><img src="http://img.photobucket.com/albums/v236/erhnam/civil-war-2-reprint.jpg" /></center><br /><b>Desenho:</b> Steve McNiven<br /><b>Editora:</b> Marvel Comics<br /><b>Ano de Publicação:</b> 2006<br />Espero que não tenha estragado a surpresa a ninguém. Caso o tenha feito, congratulo essa pessoa por ter conseguido aguentar tanto tempo sem saber o que se passou. É que este evento foi alvo da maior divulgação que eu já vi na indústria de <i>comics</i>. Desde sites relacionados com BD até alguns jornais e canais de televisão (norte-americanos) a notícia espalhou-se tão rapidamente que eu próprio fui <i>spoiled</i> por um colega que nem sequer lê banda desenhada.<br />No número 2 de 7 (fora os inúmeros <i>tie-ins</i>) da saga deste Verão da Marvel - <b>Civil War</b> - o Homem-Aranha revela a sua identidade ao mundo na sequência do <i>Superhero Registration Act</i> que obrigará todos aqueles que têm poderes a registarem-se perante o governo para poderem ser treinados e responsabilizados pelas suas acções.<br />Fruto de toda a publicidade este #2 rapidamente esgotou e a Marvel respondeu com um <i>reprint</i>, desta vez com a já famosa revelação a ter um lugar de destaque na capa.Farinhahttp://www.blogger.com/profile/10331500338375258692noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-10176659.post-1149631221333013462006-06-06T22:47:00.000+01:002006-06-06T23:05:56.283+01:0021 anos de Tertúlia BD!<img src="http://img.photobucket.com/albums/v236/erhnam/21TBDmain.jpg" align="right"><blockquote>Caso único no panorama nacional, a Tertúlia BD de Lisboa, criada e coordenada pelo eminente Geraldes Lino, celebra hoje o seu 21º aniversário. Para comemorar a ocasião, foi preparada uma surpresa para todos os tertúlianos e leitores de BD do país. Descubram aqui qual…!<br /><br />A Tertúlia BD de Lisboa e o seu anfitrião, Geraldes Lino, estão de parabéns. Celebra-se hoje o seu 21º ano de existência e de reunião ininterrupta, comemoração que terá lugar em local extraordinário, mas situado perto do Parque Mayer; zona que tem sido a centro nevrálgico destes encontros mensais ao longo dos anos. Assim se marca duas décadas de rendez-vous bedéfilos, iniciados em 1985 de forma a preencher o vazio deixado pela descontinuação dos convívios regulares do Clube Português de Banda Desenhada.<br />Chamando a si a responsabilidade de estabelecer pontes entre os vários protagonistas do meio, ou ávidos consumidores e coleccionadores, bem como entre estes e as novas gerações de autores e leitores, Geraldes Lino criou o que hoje é já uma “instituição”, promotora de dinamismo cultural e encontro de ideias e pessoas, que em muito contribuiu para a moderna BD portuguesa. Com um percurso que chega a confundir-se com a evolução desta, o encontro foi palco da estreia e primeiros passos na área de muitos actuais valores da nossa BD, assim como foi local de justa distinção a vários dos mais veteranos criadores/editores do século passado.<br /><br /><center><img src="http://img.photobucket.com/albums/v236/erhnam/21TBDtira-smaller.jpg" /></center><br />De forma a prestar a devida homenagem à data, e contribuir para uma nova dimensão da Tertúlia, que tem vindo a aumentar a sua influencia em anos recentes, propus-me preparar uma surpresa para anunciar no encontro aos participantes, e aqui nos websites de informação aos restantes leitores do país. Tal como no acto transacto o 20º aniversário foi marcado pela edição do fabuloso “TBDZ Arquivo 20 – Marte 2205” (edição especial de 12 páginas a cores, produzido em técnica 3D por Cris Lou (arg.), João Mascarenhas (des.) e Gastão Travado (3D)), este 21º dará inicio à era digital da Tertúlia, com a inauguração na internet de um QG dedicado à publicação regular desta, o “slimzine” Tertúlia BDzine, de modo a que a já vasta história desse fanzine e a da própria Tertúlia não se percam no tempo.<br /><br /><a href="http://www.TBDZ.net" target="_blank"><img src="http://img.photobucket.com/albums/v236/erhnam/21TBDweb1.jpg" align="right" / ></a>Premiado duas vezes como Melhor Fanzine pelos prémios Zé Pacóvio e Grilinho do FIBDA (em 2003 e 2004), e uma vez pelos Troféus CentralComics (em 2004), o Tertúlia BDzine mantém o recorde para mais duradouro e regular edição amadora nacional, tendo recentemente passado até a marca dos 100 números; número esse que só será apresentado em Julho para dar espaço à edição especial de aniversário deste mês, o Tertúlia BDZine Boletim! <br /><br /><a href="http://www.TBDZ.net" target="_blank"><img src="http://img.photobucket.com/albums/v236/erhnam/21TBDweb2.jpg" align="right" /></a>Em nome do Geraldes Lino e da Tertúlia, convido desde já todos os interessados a visitarem-no e a intervirem com sugestões para melhoramentos, correcções ou adicionamento de info, ou tão-somente para participarem no fórum que, à imagem da própria Tertúlia, se quer seja um ponto de encontro para os amantes da Nona arte. Inclusivamente, no preciso momento em que lêem estas linhas estão já inadvertidamente a participar num “happening” bedéfilo, pois – se tudo correr conforme previsto – estão a tomar conhecimento da abertura deste website ao mesmo tempo que os tertúlianos no encontro, unindo-se assim efectivamente a esfera física da Tertúlia com a virtual…!<br /><br />Parabéns à Tertúlia! Hip-hip, Hurra!!!<br /><br /><a href="http://www.TBDZ.net" target="_blank">www.TBDZ.net</a><br /><br />Texto: Daniel Maia</blockquote>Farinhahttp://www.blogger.com/profile/10331500338375258692noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-10176659.post-1149544644149571672006-06-05T22:48:00.000+01:002006-06-05T23:07:05.660+01:00Raio X #3<img src="http://img.photobucket.com/albums/v236/erhnam/303-1.jpg" align="left" /><span style="font-weight: bold;">303 #1-6</span><br /><span style="font-style: italic;">Argumento: Garth Ennis – Desenho: Jacen Burrows<br />Editora: Avatar<br /></span><br />Esta mini-série é algo estranha, começa como uma história de guerra nas planícies afegãs e a meio caminho transforma-se na cruzada de um homem só contra a podridão americana. Um velho soldado russo é enviado, com uma pequena equipa, para o Afeganistão, para investigar os destroços de um avião americano que se despenhou. O encontro com equipas de salvamento americanas e inglesas propicia excelentes sequências de combate, servidas pela arte muito detalhada de Burrows. Depois de descobrir o que escondia o avião o velho soldado decide ir até aos estados unidos, fazer justiça pelas próprias mãos, acompanhado de uma velha espingarda de calibre 303. A primeira metade da história é muito interessante, mas a segunda é bastante redundante. Ennis transporta a personagem principal até uma aldeia fronteiriça, onde nos exibe os horrores dos matadouros, cheios de trabalhadores mexicanos ilegais. Dá-se também o confronto entre a velha guarda russa e a velha guarda americana, personificada pelo xerife local. Ennis parece ter querido escrever um conto interventivo, com o objectivo de denunciar a postura assumida pelos estados unidos em tempo de guerra, mas acaba por abordar demasiados temas, e de forma um pouco superficial.<br />A arte de Burrows é demasiado rígida e asséptica para o meu gosto, reconheço que tem um traço seguro e preciso, mas tudo parece demasiado inanimado, exceptuando as cenas de combate que são de uma violência gráfica visceral. <span style="font-weight: bold;">6.5/10</span><br /><br /><br /><img src="http://img.photobucket.com/albums/v236/erhnam/conan-26.jpg" align="right" /><span style="font-weight: bold;">Conan #26-27</span><br /><span style="font-style: italic;">Argumento: Kurt Busiek – Desenho: Timothy Truman<br />Editora: Dark Horse<br /></span><br />Nesta história em duas partes Busiek avançou um pouco na vida de Conan, que já não é um ladrão solitário e tem um bando de homens sob as suas ordens. Pela primeira vez vislumbramos as capacidades de chefia de Conan e os acontecimentos que o poderão tornar num rei. Metade da narrativa é dedicada ao príncipe árabe, que tem lido as crónicas de Conan junto com o seu conselheiro, desde o início da série. Pela primeira vez Busiek estabelece verdadeiros paralelismos entre as duas narrativas. É interessante mas não está à altura dos números inteiramente dedicados à vida de Conan. A arte realista e detalhada de Timothy Truman é uma agradável mudança do traço mais <span style="font-style: italic;">“sketchy” </span>de Cary Nord. Espero que a despedida de Busiek esteja mais à altura dos excelentes 20 e muitos números que escreveu para esta série, até porque o #28 é desenhado por Eric Powell… <span style="font-weight: bold;">6/10</span><br /><br /><br /><img src="http://img.photobucket.com/albums/v236/erhnam/marlene.jpg" align="left" /><span style="font-weight: bold;">Marlene</span><br /><span style="font-style: italic;">Autor: Peter Snejbjerg<br />Editora: SLG<br /></span><br />Apesar de Snejbjerg já ter trabalhado várias vezes para a DC este é o seu primeiro trabalho europeu a ser publicado nos Estados Unidos. <span style="font-style: italic;">Marlene </span>é uma história policial que mistura terror e sexo. Tudo começa com o assassinato de um <span style="font-style: italic;">“voyeur” </span>e com o detective Michael Joergensen a ser encarregue de investigar o caso. Rapidamente Joergensen percebe que não se trata de um simples crime e que talvez haja forças do oculto envolvidas no caso. Uma boa investigação criminal em que há uma interessante associação entre sexo e morte, uma abordagem bem diferente da visão puritana que muitas vezes nos é servida… A arte a preto e branco de Snejbjerg faz lembrar a de Lapham em <span style="font-style: italic;">Stray Bullets</span>, mas com uma maior utilização de sombras e cinzento. Um bom comic para quem gosta de histórias policiais um pouco diferentes. <span style="font-weight: bold;">7/10</span><br /><br /><br /><img src="http://img.photobucket.com/albums/v236/erhnam/revelations-1.jpg" align="right" /><span style="font-weight: bold;">Revelations #1-6</span><br /><span style="font-style: italic;">Argumento: Paul Jenkins – Arte: Humberto Ramos<br />Editora: Dark Horse<br /></span><br />O candidato a Papa morre misteriosamente, uma conspiração nas altas esferas do Vaticano e um detective inglês que há muito renunciou à sua fé, são estes os ingredientes desta boa mini-série publicada pela Dark Horse. Embora a investigação, cheia de reviravoltas, seja interessante, o que mais me atraiu foi a excelente caracterização das personagens principais, em especial o detective Northern e a sua relação com a fé, e com a igreja católica. Pena a conclusão não estar à altura do resto da narrativa, e ser uma maneira de Jenkins levantar questões teológicas básicas…<br />A arte de Humberto Ramos, sem grande respeito pelas dimensões anatómicas, afasta-se do estilo que costuma adoptar nos super-heróis e está no seu melhor. Seria de esperar um traço mais realista neste tipo de história, mas os excelentes desenhos de Ramos acabam por estabelecer um ambiente soturno e fantasista, adequado a uma conspiração deste calibre. O trabalho dos coloristas é exímio e confere uma textura menos artificial ao traço de Ramos. <span style="font-weight: bold;">8/10</span><br /><br /><br /><img src="http://img.photobucket.com/albums/v236/erhnam/the-goon-heaps-of-ruination.jpg" align="left" /><span style="font-weight: bold;">The Goon TPB 3: Heaps of Ruination</span><br /><span style="font-style: italic;">Autor: Eric Powell<br />Editora: Dark Horse<br /></span><br />Este volume reúne quatro excelentes histórias de <span style="font-style: italic;">The Goon</span>, que provam que Eric Powell é capaz de criar as histórias mais cómicas e estranhas, mas também é capaz de escrever num registo mais sério e sentimental (The Vampire Dame Had To Die). Se só puderem ter um volume de <span style="font-style: italic;">The Goon</span>, que seja este, para lerem a brilhante paródia aos filmes de monstros gigantes (Lagarto Hombre), em que uma versão gigante do Goon combate com um lagarto gigante que fala espanhol, ao mesmo tempo que a história é narrada num tom lírico… Além disso, este volume contem também o excelente crossover com o Hellboy, e o desenho é de Mike Mignola. <span style="font-weight: bold;">9/10</span>Ferrãohttp://www.blogger.com/profile/05856698519432175839noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-10176659.post-1149210278946894792006-06-02T02:00:00.000+01:002006-06-05T23:57:45.573+01:00Primeiras Impressões: Wormwood - Gentleman Corpse #0<u>Wormwood: Gentleman Corpse #0 - The Taster</u><br /><span style="font-weight: bold;"><br /><img src="http://img.photobucket.com/albums/v236/erhnam/wormwood-gentleman-corpse-the-taste.jpg" alt="capa" align="left" />Autor:</span> Ben Templesmith<br /><span style="font-weight: bold;">Editora:</span> IDW<br /><br />Que Templesmith é dos melhores artistas no mundo dos comics não é novidade, basta ver <span style="font-style: italic;">30 Dias de Noite</span>, e mais recentemente, <span style="font-style: italic;">Fell</span>. Não tendo lido o seu único trabalho a solo (<span style="font-style: italic;">Singularity 7</span>), foi com bastante curiosidade que peguei neste título, para ver se as suas qualidades como argumentista estavam à altura dos seus desenhos. A julgar por este <span style="font-style: italic;">“Taster” </span>parece que não andam longe.<br />As ideias delirantes utilizadas em <span style="font-style: italic;">Wormwood</span>, em nada ficam atrás da imaginação do seu colaborador em Fell: Warren Ellis. Wormwood é um cadáver (que anda por cá há pelo menos 1500 anos) e gosta de beber a sua Guiness, enquanto fuma um cigarro tranquilamente, num bar de strip, acompanhado pelo seu amigo robot que ele próprio montou… A história envolve ainda portais inter-dimensionais (o bar de strip é um deles), monstros Lovecraftianos cheios de tentáculos, bem ao estilo de Mignola, e muita acção.<br />A arte de Templesmith é soberba, como sempre, bastante bizarra e cheia de cores muito saturadas, utilizando uma paleta muito centrada em tons acastanhados e explosões de laranja.<br />A narrativa não é muito evoluída, é só uma boa desculpa para exibir o humor negro deste título e boas sequências de acção, mas também isto é só para nos deixar com água na boca para lermos a mini-série que vem aí. <span style="font-weight: bold;">7.5/10</span>Ferrãohttp://www.blogger.com/profile/05856698519432175839noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-10176659.post-1149166523234131292006-06-01T13:52:00.000+01:002006-06-01T14:04:04.783+01:00Capas #7: 100 Bullets #65<center><img src="http://img.photobucket.com/albums/v236/erhnam/100-bullets-65-big.jpg" alt="Capa"></center><p class="MsoNormal"><b><span style="" lang="PT">Desenho:</span></b><span style="" lang="PT"> Dave Johnson<br /><b>Editora:</b> DC/Vertigo<br /><b>Ano de publicação:</b> 2005<br /><b>Sinopse: </b><span style="">E se vos oferecessem 100 balas impossíveis de identificar, ao mesmo tempo que vos revelam o verdadeiro culpado por a vossa vida ser miserável? É este o ponto de partida desta série. O misterioso agente Graves oferece às pessoas uma oportunidade de se vingarem de quem lhes estragou a vida. Só que os escolhidos para este tipo de missão não sabem das implicações das suas acções, nem do poder da organização que paga o ordenado ao agente Graves. Uma excelente história criminal, misturada com uma conspiração maquiavélica onde nada é o que parece.</span><o:p></o:p></span></p>Ferrãohttp://www.blogger.com/profile/05856698519432175839noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-10176659.post-1148673629672784492006-05-26T20:36:00.000+01:002006-05-26T21:00:29.713+01:00A vida está difícil...Como já devem ter reparado, o blog anda só a meio gás. A verdade é que temos andado demasiado ocupados para dar ao Blog da Utopia a devida atenção. Posso falar por mim e dizer que nem sequer tenho tido tempo para ler BD, quanto mais estar a par das notícias e fazer críticas...<br />Mas o principal objectivo deste post é parabenizar a <a href="http://www.mundofantasma.com" target="_blank">Mundo Fantasma</a> pela sua participação do <b>FCBD (Free Comic Book Day)</b> deste ano e agradecer por me terem enviado os 3 comics grátis (<i>X-Men/Runaways</i>, <i>Bongo Comics Free-For-All</i> e <i>Future Shock</i>) relativos à promoção para os membros do <a href="http://www.bdesenhada.com" target="_blank">BDesenhada.com</a>. Só é pena que tão pouca gente tenha aproveitado a promoção (segundo os números a que tenho acesso, só 7 pessoas o fizeram...). Iniciativas destas são sempre bem vindas.Farinhahttp://www.blogger.com/profile/10331500338375258692noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-10176659.post-1146755202263414432006-05-04T16:03:00.000+01:002006-05-04T16:06:42.293+01:00Invincible Ultimate Collection Vol. 1<img src="http://img.photobucket.com/albums/v236/erhnam/invincible-hardcover-1.jpg" alt="Capa" align="left" /><span style="font-weight: bold;">Argumento:</span> Robert Kirkman<br /><span style="font-weight: bold;">Desenho:</span> Cory Walker e Ryan Ottley<br /><span style="font-weight: bold;">Editora:</span> Image<br /><br /><br />Depois de começar a comprar os TPB de <span style="font-style: italic;">Walking Dead</span>, o Tiago da Mongorhead ofereceu-me o #0 de Invincible e disse-me que eu ia gostar. Achei estranho porque na minha standing order não tenho nenhum título de super-heróis, mas já que era de graça… 16 páginas depois estava agarrado e fiquei à espera do volume em capa dura que vinha anunciado na contra-capa (400 páginas, #1-13, boa maneira de começar a ler <span style="font-style: italic;">Invincible</span>!), isto sim é marketing eficaz… Depois de ler este primeiro volume posso dizer que voltei a redescobrir o prazer de ler super-heróis.<br />Invincible não é o título mais original de todo o sempre na história dos homens voadores, pode até nem ser o melhor, mas é de certeza o mais divertido. Kirkman utiliza os velhos cânones dos títulos de super-heróis: identidades secretas, equipas de super-heróis, extra-terrestres que se tornam nos salvadores do planeta, etc… No entanto, é dado mais ênfase à pessoa que veste o fato do que propriamente às suas acções como super-herói. Além disso, como já é hábito nos argumentos de Kirkman, tudo pode acontecer de um momento para o outro e alterar completamente o que as personagens, e o leitor, tinham tomado como adquirido.<br />A premissa é simples, Mark é filho do maior super-herói da Terra, Omni-Man, e sabe que durante a sua adolescência, além de todas as alterações normais, poderá também desenvolver os mesmos poderes que o seu pai. Todo o processo da transformação de Mark em super-herói é genial, pois brinca com todos os conceitos clássicos deste tipo de BD, sem nunca cair no ridículo. Mas também acrescenta algumas ideias originais, como o facto de Mark contar aos pais e sair em “missão” com o seu pai. É raro ver-se os pais encararem super-poderes como algo banal e não tentarem dissuadir o filho de salvar o mundo. As cenas do quotidiano de uma família de super-heróis e as passadas na escola, são uma mais valia para a história, pois Kirkman aposta mais na caracterização de Mark do que nas suas acções, e é precisamente o que torna este título tão divertido. A adolescência é um período fértil em acontecimentos estranhos, agora juntem-lhe o aparecimento de super-poderes…<br />Invincible é um super-herói e portanto não se passa tudo em casa ou na escola, existem batalhas, invasões alienígenas e muitas reviravoltas. Ao ler os 13 comics juntos dá para ver que Kirkman tem tudo muito bem planeado e faz tudo para surpreender o leitor. Embora o herói principal seja o Invincible, este título é um pouco como o Savage Dragon, em que existe uma multiplicidade de personagens secundárias com bastante peso na história. O que permite a Kirkman desenvolver várias narrativas ao mesmo tempo, que podem até parecer desconexas, mas que invariavelmente acabam por convergir de forma explosiva.<br />Os desenhos de Cory Walker são o que seria de esperar num título deste género. Funciona, é colorido e tem alguns planos interessantes, mas não é memorável. Ryan Ottley tem um estilo semelhante ao de Walker, mas é bem melhor. As suas personagens são muito mais expressivas, as batalhas são bombásticas e utiliza grandes planos que ganham muito numa edição de maiores dimensões como esta. Não são nenhuns virtuosos, mas no registo dos comics de super-heróis os seus desenhos em nada ficam a dever aos de outros títulos.<br />Quanto a esta edição gigantesca, além de ser num formato maior em capa dura, conter 13 números, tem ainda 80 páginas só de extras, que incluem: sketches, capas alternativas, arte promocional, um guião e mais coisas, tudo com comentários humorísticos de Kirkman.<br />Se gostam, ou já gostaram, minimamente de super-heróis leiam <span style="font-style: italic;">Invincible</span>, não se vão arrepender. Robert Kirkman conseguiu criar um comic divertido e relativamente original sobre super-heróis que tem potencial para durar até ao #500. Eu espero pela minha próxima dose de 13 números…Ferrãohttp://www.blogger.com/profile/05856698519432175839noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-10176659.post-1146528157943445372006-05-01T23:45:00.000+01:002006-05-02T01:05:55.166+01:00Cinco sugestões de leitura (por Farinha)Depois das sugestões do Ferrão, aqui ficam as minhas:<br /><br /><img src="http://img.photobucket.com/albums/v236/erhnam/bone-one-vol-edition.jpg" align="left" alt="Bone" /><u>Bone</u><br /><br />Os três primos Bone são expulsos da sua aldeia e na busca por outro lugar para viver acabam por se ver envolvidos numa aventura épica, na qual desempenham um papel determinante. É suficientemente simples e cativante para agradar a qualquer pessoa e ao mesmo tempo muito bem escrita e capaz de agradar ao bedéfilo mais exigente. E tem uns fantásticos desenhos a preto e branco.<br />Uma BD que consegue ser uma das minhas favoritas sem sequer a ter lido completamente, ainda.<br /><br /><br /><img src="http://img.photobucket.com/albums/v236/erhnam/walking-dead-1.jpg" align="left" alt="The Walking Dead" /><u>The Walking Dead</u><br /><br />Uma história de zombies em que estes não desempenham o papel principal e são apenas acessórios para explorar o comportamento das pessoas quando colocadas em situações extremas. De sublinhar a forte caracterização das personagens e das relações entre elas e os óptimos desenhos a preto e branco.<br />Lê-se especialmente bem em formato <i>paperback</i>, correndo-se o risco de o tempo passar sem que se dê por ele.<br /><br /><br /><img src="http://img.photobucket.com/albums/v236/erhnam/ultimates-1.jpg" align="left" alt="The Ultimates" /><u>The Ultimates Vol.1</u><br /><br />Inserida na linha Ultimate da Marvel, The Ultimates pretende mostrar como seriam os Avengers se surgissem nos dias de hoje. É a típica história dos super-heróis a salvar o mundo mas escrita de tal forma que faz com que não pareça <i>cliché</i>. Tem humor, acção, drama e tudo isto acompanhado pela arte fantástica de Bryan Hitch.<br />Um dos melhores títulos de super-heróis que li nos últimos tempos.<br /><br /><br /><img src="http://img.photobucket.com/albums/v236/erhnam/kingdom-come.jpg" align="left" alt="Kingdom Come" /><u>Kingdom Come</u><br /><br />A história passa-se no futuro, quando uma nova geração de meta-humanos está a causar o caos e os super-heróis de hoje são obrigados a voltar ao activo para tentarem controlar a situação. São feitas referências políticas e abordam-se questões morais e éticas, levantando várias questões quanto ao papel que os super-heróis devem desempenhar. A par disto está a arte fenomenal de Alex Ross, que faz com que a leitura desta BD seja um pouco mais demorada, tal não é o tempo que se fica a contemplar cada página.<br /><br /><br /><img src="http://img.photobucket.com/albums/v236/erhnam/midnight-nation-1.jpg" align="left" alt="Midnight Nation" /><u>Midnight Nation</u><br /><br />David Grey vai parar a um mundo em tudo igual ao nosso onde estão as pessoas que foram ignoradas ou esquecidas pela sociedade. A única forma de voltar ao seu mundo é embarcar numa missão para reaver a sua alma. Além de tentar abordar temas como a exclusão social, consegue fazê-lo de uma forma bastante interessante e as situações surpreendentes são uma constante.Farinhahttp://www.blogger.com/profile/10331500338375258692noreply@blogger.com0